Às vezes é preciso mudar o que parece não ter solução, deitar
tudo abaixo para voltar a construir no derradeiro momento
e sem olhar para trás, abrir a janela e jogar tudo borda fora,
queimar cartas e fotografias, esquecer a voz e o cheiro,
as mãos e a cor da pele, apagar a memória sem medo
de a perder para sempre; esquecer tudo, cada momento,
cada minuto, cada passo e cada palavra, cada promessa
e cada desilusão, atirar com tudo para dentro de uma
gaveta e deitar a chave fora, ou então pedir a alguém
que guarde tudo num cofre e que a seguir esqueça
o segredo.
M.R.P.
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