Estou faminta, esfomeada de toda aquela colectânea de sensações.
Encontro-as todas em ti, mas não as posso alcançar. Não estou autorizada.
Para controlar a fome, escrevo, escrevo, escrevo, leio, leio, leio. Procuro palavras caras e complicadas, procuro poemas obséquios e interrompidos, procuro expressões sujas, repulsivas e rebeldes.
Tudo isto para não me procurar em ti, para não ansiar por essas sensações - perco-me nas sensações dos outros desgraçados iguais a mim.
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