Não falei contigo
Com medo que os montes e vales que me achas
Caíssem a teus pés.
Acredito e entendo
Que a estabilidade lógica
De quem não quer explodir
Faça bem ao escudo que és.
Desconfio que ainda não reparaste
Que o teu destino foi inventado por gira-discos estragados
Aos quais te vais moldando.
E todo o teu planeamento estratégico de sincronização
Do coração, são leis como paredes e tectos
Cujos vidros vais pisando.
Anseio o dia em que acordares por cima
De todos os teus números,
Raízes quadradas
De somas subtraídas,
Sempre com a mesma solução.
Podias deixar de fazer da vida um ciclo vicioso,
Harmonioso,
Ao teu gesto mimado
E à palma da tua mão.
Desculpa se te fiz fogo e noite
Sem pedir autorização por escrito
Ao sindicato dos Deuses.
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