"Podíamos amar o mundo inteiro, um pedaço de cada vez.
Podíamos amar cada pedra que chutamos no nosso caminho
Podíamos amar tudo o que é correcto, fiável e eterno. Podíamos até fingir que amamos quem devíamos só para não se verterem lágrimas, tristezas e sangue na nossa cama.
Poderia haver paz em vez de guerra. Poderíamos encaixar-nos onde devemos e conformar-nos com isso.
Podíamos ser felizes e ignorantes, rejeitando tudo o que nos une.

Poderíamos civilizar-nos, mas isso matar-nos-ia, não achas?
Lambo orgulhosamente as lágrimas e engulo com prazer toda a dor que me fazes sentir.
Já caíram todos os espelhos, todos os vidros baços que nos dividem
Toda a glória, ostentação está agora por terra. Tenho-te nu à minha frente, despido daquilo que a sociedade nos faz vestir, daquilo em que a domesticação nos torna.

 Fico-me por aqui."

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